"O que quiserem... Serei incorrigível, romântica ou velhaca.
Não digo o que sinto, não sinto o que digo, ou mesmo digo o que não sinto; sou, enfim, má e perigosa e vocês inocentes e anjinhos.
Todavia, eu a ninguém escondo os sentimentos que ainda há pouco mostrei: em toda a parte confesso que sou volúvel, inconstante e incapaz de amar três dias um mesmo objeto. Verdade seja que nada há mais fácil do que me ouvirem um “eu vos amo”, mas também a nenhum pedi ainda que me desse fé. Pelo contrário, digo a todos o como sou, e se apesar de tal, sua vaidade é tanta que se suponham inesquecíveis, a culpa certo que não é minha. Eis o que faço.
E vós meus caros amigos, que blasonais de firmeza de rochedo, que jurais amor eterno cem vezes por ano a cem diversas belezas, sois tanto ou ainda mais inconstantes que eu! Mas entre nós há sempre uma grande diferença: vós enganais e eu desengano. Eu digo a verdade, e vós, meus senhores, mentis."
"A Moreninha", romance da primeira geração de Joaquim Manuel Macedo.
Alana Oliveira, Odisséias...
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: "Navegar é preciso; viver não é preciso". Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar como eu sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar. Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande (...) Só quero torná-la de toda a humanidade (...) Cada vez mais assim penso (...) É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça. Fernando Pessoa
"Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o."
Ricardo Reis, heterônimo de sopro clássico de Fernando Pessoa.
sábado, 22 de março de 2014
terça-feira, 16 de julho de 2013
SONETO DE SEPARAÇÃO
DE REPENTE DO RISO FEZ-SE O PRANTO
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
FEZ-SE DO AMIGO PRÓXIMO O DISTANTE
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
VINICIUS DE MORAES
------
TEUS PASSOS FICARAM.
OLHES PARA TRÁS...
MAS VÁ EM FRENTE
POIS HÁ MUITOS QUE PRECISAM
QUE CHEGUES PARA PODEREM SEGUIR-TE.
CHARLES CHAPLIN.
Sentirei saudades, amigo!
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
FEZ-SE DO AMIGO PRÓXIMO O DISTANTE
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
VINICIUS DE MORAES
------
TEUS PASSOS FICARAM.
OLHES PARA TRÁS...
MAS VÁ EM FRENTE
POIS HÁ MUITOS QUE PRECISAM
QUE CHEGUES PARA PODEREM SEGUIR-TE.
CHARLES CHAPLIN.
Sentirei saudades, amigo!
sexta-feira, 14 de junho de 2013
Mulher Moderna
(...) Mas o que seria uma "mulher moderna"?
A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades.
É aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...
É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...
É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...
Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer (...)
Trecho do texto de Arnaldo Jabour.
A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades.
É aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante...
É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços...
É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda...
Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer (...)
Trecho do texto de Arnaldo Jabour.
sábado, 20 de abril de 2013
Relembrar é preciso!
Ontem recebi um inbox na rede social que reproduzo a seguir:
"PÔR DO SOL
O sol vem vindo
As nuvens vão saindo
O céu fica claro
E a manhã vem surgindo
O céu vai escurecendo
A chuva vem chegando
O sol vai indo
E as pessoas vão andando
As estrelas já aparecem
A lua também
As pessoas vão dormir
E eu também."
Trata-se de uma das primeiras poesias que eu escrevi e de presente para uma pessoa muito especial, quando tinha ainda 8 anos.
Muito legal receber de volta e saber que você ainda guarda com carinho!
Obrigada!
Alana Oliveira.
"PÔR DO SOL
O sol vem vindo
As nuvens vão saindo
O céu fica claro
E a manhã vem surgindo
O céu vai escurecendo
A chuva vem chegando
O sol vai indo
E as pessoas vão andando
As estrelas já aparecem
A lua também
As pessoas vão dormir
E eu também."
Trata-se de uma das primeiras poesias que eu escrevi e de presente para uma pessoa muito especial, quando tinha ainda 8 anos.
Muito legal receber de volta e saber que você ainda guarda com carinho!
Obrigada!
Alana Oliveira.
sábado, 23 de março de 2013
CORTESIA
Mil
novecentos e pouco.
Se passava
alguém na rua
sem lhe
tirar o chapéu
Seu Inacinho
lá do alto
de suas cãs
e fenestra
murmurava
desolado
― Este mundo
está perdido!
Agora que
ninguém porta
nem
lembrança de chapéu
e nada mais
tem sentido,
que sorte
Seu Inacinho
já ter ido
para o céu.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, 16 de março de 2013
Confissão
Há muito tempo não escrevo, e foi nesse meu silêncio que eu perdi o tino...
"Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!"
Mário Quintana
segunda-feira, 18 de julho de 2011
A escolha de Sofia
O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam.
Arnold Toynbee
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