Mas que é o tempo afinal?
a delimitação da vida,
medida infinita,
alucinação da gravitação universal.
A Lei Harmônica relativiza-o:
- ah! Se eu morrasse em Mercúrio,
um ano em oitenta e oito dias terrestres.
Quantas oportunidades de recomeço...
quantos carnavais e Natais.
Coleção de perdões, coleção de voltar atrás.
Mas que a idade viria cedo,
multiplicada por quatro.
Pois que nem o tempo pode ser perfeito,
que dirá a longevidade da vida
que sempre é breve.
Cruzes morar em Plutão
um ano em duzentos e quarenta e oito anos terrestres,
nove mil quinhentos e vinte dias
sem ciclos, invictos.
Viveria muito...
e não viveria nada.
Um beijo,
Alana Oliveira.