"Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o."
Ricardo Reis, heterônimo de sopro clássico de Fernando Pessoa.


terça-feira, 16 de julho de 2013

SONETO DE SEPARAÇÃO

DE REPENTE DO RISO FEZ-SE O PRANTO
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

FEZ-SE DO AMIGO PRÓXIMO O DISTANTE
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

VINICIUS DE MORAES

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TEUS PASSOS FICARAM.
OLHES PARA TRÁS...
MAS VÁ EM FRENTE
POIS HÁ MUITOS QUE PRECISAM
QUE CHEGUES PARA PODEREM SEGUIR-TE.

CHARLES CHAPLIN.

Sentirei saudades, amigo!

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