do desapontamento alheio
que mede o mesmo comprimento do meu
desinteresse em agradar.
Não é que desejo a indiferença
até gosto de gerar espanto,
desorientar.
Desapontamento é diferente.
Tenho uma alma fecunda
que ao mesmo tempo que não esquece
mal serve pra se lembrar.
Sei pouco o pouco que sei
e pouco de genuíno tenho a contar.
Mas acredito no que invento
a ponto de pés juntos jurar
que pode até ser que esta convicção dolosa
ainda venha a me custar.
Viver da imaginação é duro
mas minha obstinada inconsequência
me impede de preocupar.
Não sou quem escrevo
mas o que escrevo me transforma.
Acredito no que invento.
Eu sou naquilo que crio
e não naquilo que creio.
Alana Oliveira.
2 comentários:
Profundo!
Muito bonito! Nunca pare Alana!
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